O vice-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), prefeito Gil Cutrim (PMDB), defendeu, nesta terça-feira (31), durante a solenidade de apresentação dos dados do Programa “Saúde é Vida”, no Palácio Henrique de La Roque, que o projeto de regionalização da Saúde do Maranhão seja implementado de acordo com o proposto pela Federação, em acordo com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa.
“Estamos discutindo essa regionalização para que se possa fornecer um serviço de qualidade para a população. Estamos imbuídos desse projeto, fazendo com que dessas reuniões possa sair uma proposta para que o Governo do Estado abrace” declarou.
A FAMEM, o Cosems e a Comissão de Saúde da AL enviaram ofício ao secretário de Saúde, Ricardo Murad, semana passada, detalhando a proposta de regionalização das três entidades. Segundo esse entendimento, o Governo do Estado deve manter a divisão do estado em 19 macro-regiões, que serão responsáveis pelo atendimento de Média e Alta Complexidade (MAC).
O assunto será o tema central da próxima reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), sexta-feira (3), na Assembléia Legislativa.
“O que propomos é que se aproveite a organização do estado, que atualmente já é dividido em 19 regionais epidemiológicas. Pela nossa proposta, o trabalho a ser feito de agora em diante é justamente para fortalecer essas regiões”, explica a presidente do Cosems, Iolete Arruda, secretária de Saúde de Lago do Junco.
Segundo ela, será mais trabalhoso e menos eficaz aumentar o número de municípios em cada uma das regionais, como é intenção do secretário Ricardo Murad. Ele propõe apenas dez.
“Dividindo o estado em apenas dez regiões, a viabilização dos colegiados regionais seria mais difícil, pois teríamos que arregimentar mais secretários em cada reunião. Com mais regionais, o colegiado seria formado por menos secretários, as decisões seriam melhor discutidas e avaliadas e os resultados, conseqüentemente, mais satisfatórios”, completou.
Consenso
Apesar de o Governo do Estado e a FAMEM ainda não terem entrando em acordo sobre as propostas de regionalização, a expectativa é de que saia uma decisão de consenso da próxima reunião da CIB. Essa, pelo menos, é a intenção do próprio Ricardo Murad.
“O que estamos fazendo, com esse programa, é intervir no sistema de saúde, para colocá-lo em condições de se concretizar a regionalização. A partir de agora, vamos discutir o modelo a ser seguido, e vamos encontrar uma solução de consenso, para viabilizar a descentralização da média e alta complexidade”, completou.
(Da Famem)