Arquivo mensais:maio 2012

Caso Décio Sá: com medo, duas testemunhas desistem de prestar depoimento

Blog do Luis Pablo

Após o vazamento na internet dos depoimentos de três testemunhas, duas pessoas que iriam depor hoje, 3, desistiram. Elas comunicaram aos delegados que não vão comparecer na Superitendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC).

 Os delegados que fazem parte da comissão que investiga a morte do jornalista Décio Sá, ficaram revoltados com a desistência das duas testemunhas por conta da ampla divulgação dos depoimento que fazaram.

O superintendente de Polícia Civil, delegado Sebastião Uchôa, afirmou que os documentos vazaram da justiça, e que será instaurado inquérito policial na supervisão de crimes funcionais para apurar a responsabilidade criminal e requerer abertura de sindicância à diretoria de fórum, para saber quem permitiu o vazamento de informações que atrapalharam o andamento do caso.

Antônio Pereira pede incentivos para plantar sisal e gerar empregos

O deputado Antônio Pereira (DEM) anunciou nesta quinta-feira (3) que vai acionar o governo do Estado e o Banco de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) para liberar linhas de créditos a pequenos e médios produtores rurais, destinadas ao plantio  de sisal em 35 municípios do Estado do Maranhão.

O anúncio foi feito  depois que Antônio Pereira participou de audiência pública, na Sala de Comissão da Assembleia Legislativa, com representantes do BNDES, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Secretaria de Estado da Agricultura (Sagrima), e da Associação Sisaleira do Maranhão.

O democrata adiantou  que a Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia vai elaborar um amplo  relatório, que será encaminhado à governadora Roseana Sarney (PMDB), ao secretário de Estado da Agricultura, Cláudio Azevedo, e a todas as autoridades  ligadas ao setor de produção no Brasil.

Antônio afirmou que já conhece os efeitos positivos do sisal no Pernambuco e na Paraíba, onde milhares de pessoa vivem em função dos lucros da planta. Segundo ele, a fibra do sisal serve para fabricar componentes de carros, tapetes, carpetes, e até
adoçante dietético e insulina para diabetes.

Pereira informou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da portaria 327/2001, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 17 de agosto de 2011, aprovou o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura do Sisal no
Estado do Maranhão. “Faltam apenas os projetos e a liberação dos recursos”, disse.

O parlamentar  garante que o projeto beneficiará milhares de pessoas de Alto Parnaíba, Amarante, Arame, Balsas, Barão de Grajaú, Barra do Corda, Benedito Leite, Buriti  Bravo, Colinas, Feira Nova do Maranhão, Fernando Falcão, Formosa da Serra Negra, Fortaleza dos Nogueiras, Governador Luiz Rocha, Grajaú, Jatobá, lagoa do Mato, Loreto, Mirador.

Também serão contemplados os municípios de Nova Colinas, Nova Iorque, Paraibano, Passagem Franca, Pastos Bons, Sambaíba, São Domingos do Azeitão, São Domingos do Maranhão, São Félix de Balsas, São Francisco do Maranhão, São João dos Patos,
São Pedro dos Crentes, São Raimundo das Mangabeiras, Sítio Novo, Sucupira do Norte e Sucupira do Riachão.

O idealizador do Projeto Sisal “Outro Verde do Maranhão”, Helberth de Oliveira, acredita que o plantio do sisal é muito promissor. “A Fiat, Peugeot e outras montadores estão interessadas na fibra, que pode render até U$ 860 por tonelada”, disse. A
deputada Vianey Bringel (PMDB) estava presente na audiência, e defendeu incentivos do governo ao setor agrícola.

RECURSOS

O executivo do BNDES, Geraldo Smith, esclareceu que a instituição financeira, por meio do edital 01/2012, disponibilizou recursos calculados em mais de R$ 30 milhões, para investimentos em projetos de pequenos e médios produtores rurais, voltados para a agricultura no Estado do Maranhão.

Segundo Smith, as linhas de créditos só podem ser liberadas por meio do governo do Estado, o parceiro do BNDES na elaboração, execução e liberação dos recursos. “Os agricultores interessados devem apresentar seus projetos, junto aos órgãos
competentes ligados ao setor agrícola do governo Maranhão”, informou.

 

Segurança é preso em show suspeito de envolvimento no assassinato de Décio Sá

Blog do Daniel Matos

Um homem que trabalhava como segurança no show do grupo de pagode Revelação, realizado na última segunda-feira, na casa de espetáculos Patrimônio Show, na Praia Grande, foi preso em pleno serviço sob a suspeita de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá.

A prisão foi efetuada por policiais civis do Maranhão e do Piauí. Segundo uma fonte do blog, que testemunhou a prisão e relatou o episódio em detalhes, os policiais chegaram à casa de shows por volta das 22h, em várias viaturas e abordaram todos os seguranças da festa, ordenando-lhes que encostassem na parede. Durante a revista, identificaram o suspeito que procuravam e imediatamente o colocaran em um dos veículos usados na operação.

O homem estava de terno e usava um boné, mas não teve a identidade revelada. Ele negou qualquer participação no crime. Um policial que também fazia a segurança do show e portava um revólver foi revistado e reclamou da truculência da equipe envolvida na operação. Ele teve que entregar a arma ao dono da empresa de segurança contratada para trabalhar no evento, cujo proprietário é o ex-lutador de vale-tudo Casemiro do Nascimento Martins, o Zulu.

Décio Sá foi assassinado com cinco tiros de pistola .40, na noite de 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na avenida Litorânea. Após prender dois suspeitos de participação no crime, a Secretaria de Segurança Pública decretou sigilo nas investigações.

Segundo depoimentos de três pessoas ouvidas até o momento – duas testemunhas oculares e uma evangélica que participava de um culto na duna escalada pelo matador do jornalista após cometer o crime -, pelo menos três pessoas ajudaram a dar fuga ao assassino.

Weverton e os Holandas: um apoio de faz de conta

Weverton Rocha e Edivaldo Holanda Júnior

O suplente de deputado Weverton Rocha conseguiu o que quis. Retornou à Câmara Federal numa articulação que levou na marra o PDT para apoiar Edivaldo Holanda Júnior a prefeito de São Luís.

A negociação ainda comprometeu as chances dos Holandas eleger seus vereadores. O PTC vai coligar na proporcional com PDT.

 Os Holandas acham que fizeram  uma boa negociação. Mas o tiro pode sair pela culatra para os dois.

A imposição de Weverton simplesmente dividiu o seu grupo  e a agora o PDT rachou em três. O suplente está sozinho nesse apoio a Edivaldo Holanda Júnior.

Weverton não terá condições de entregar os votos  que vendeu para os Holandas, ou seja,  caso a candidatura de Holanda Júnior se confirme- o que não é provavel-  ele terá que se contentar apenas com o tempo de Televisão e o nome do PDT.

A militância pedetista e os votos que qualquer candiato precisa estão nas mãos do grupo que Weverton desagradou.

 O prefeito João Castelo já decidiu que não vai tirar nenhuma secretatria controlada pelo PDT. Em troca terá os votos que Weverton negocoiu e não poderá entregar.

Em 2008, Flávio Dino acreditou que com o apoio do então prefeito Tadeu Palácio tinha o apoio do PDT. O candaito do partido, Clodomir Paz , levou a militância para o PSDB, o que resultou na vitória de João Castelo.

Marcelo Tavares defende “CPI da Pistolagem”

O líder da oposição na Casa, deputado Marcelo Tavares (PSB), comentou hoje em conversa com jornalistas, a possivel criação de uma CPI para investigar o crime de pistolagem no Maranhão. A CPI da pistolagem como já está sendo chamada foi proposta na sessão de hoje pelo deputado Birá do Pindaré. Ele disse ainda que todos os deputados da oposição votarão pela criação da CPI da pistolagem.

Para o deputado socialista, a instalação da CPI se faz necessária não só por conta do assassinato do jornalista Décio Sá, mas também para dar voz às familias que já foram vitímas da pistolagem no estado, que dá sinais evidentes de voltar.
Nota do blog: não acredito que a Casa aprove a criação da CPI da pistolagem. Mas creio que sua instalação seria mais um instrumento de pressão e uma resposta à sociedade de que o parlamento não ficou inerte diante do caso. Uma CPI também faria com que o crime organizado recuasse no estado e nós, jornalistas nos sentiriamos mais seguros.

Eliziane vai a Brasília agendar vinda da CPMI de Violência contra a Mulher


A deputada Eliziane Gama (PPS), que é membro da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, irá a Brasília nesta quinta-feira (3) para agendar a data da vinda da CPMI de Combate à Violência contra a Mulher. A informação foi repassada por ela, na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (2).

A deputada se reunirá em Brasília com a presidente da CPMI, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e com a relatora da Comissão, Senadora Ana Rita (PT-ES).

“Estarei indo a Brasília para uma reunião com a deputada federal Jô Moraes e com a senadora Rita para fazermos o agendamento da vinda da CPI de Combate a Violência contra a Mulher. Na semana que vem reuniremos com os movimentos de mulheres para fazer a pauta e o ordenamento dos casos que serão ouvidos por esta CPI aqui no Estado”, esclareceu.

No mês fevereiro deste ano, Eliziane esteve no Distrito Federal para pedir a vinda da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e conversou pessoalmente com a deputada federal Jô Moraes, e recebeu dela a garantia que a comissão virá ao Maranhão.

A deputada explicou que já encaminhou para a comissão cinco casos emblemáticos de violência contra a mulher, mas isto não exclui que sejam ouvidos outros casos. Segundo a parlamentar, a expectativa é que a CPI Mista esteja no Maranhão ainda no mês de maio.

“O mês de maio é um mês oportuno para discutir o papel da mulher, especialmente pelo o Dia das Mães. Portanto, é preciso saber como e que anda a política no Estado de proteção maior a mulher, que é um ser vulnerável”, finalizou.

Uma CPI bem vinda…

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputado Bira, falou, na manhã desta quarta-feira (2), sobre a falta de políticas públicas na área de segurança. Ele aproveitou para anunciar que encaminhará a Mesa Diretora da Casa um pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pistolagem, no Maranhão.

“A situação está crítica no nosso Estado. Podemos contribuir para que essa realidade mude com a instalação desta CPI. Vamos trazer o debate para dentro da Assembleia para darmos uma resposta à sociedade. Espero que os colegas me apóiem nesta iniciativa e assinem o pedido de CPI”, defendeu Bira.

O petista lembrou que em 1997, após o assassinato do delegado Stênio Mendonça, na Avenida Litorânea, a Assembleia instalou a CPI do Crime Organizado. Na oportunidade, o trabalho da Casa foi de fundamental importância nas investigações.

Somente em 2012, já foram registrados oito casos de crime por encomenda no Maranhão. Além do jornalista Décio Sá, foram executados os empresários José Mauro Queiroz e José Queiroz Filho, donos de uma distribuidora de óleo no Maracanã, em São Luís; Raimundo Cabeça, líder camponês em Buriticupu; Francisco Ferreira Sousa, ex-prefeito de São José dos Basílios, conhecido também como Chico Rio-grandense; João Ribeiro Lima, advogado, em Presidente Dutra; um personal trainer, embora tenha relacionado o fato a tráfico de drogas, mas também foi um crime de execução; e no sábado (28), Maria Amélia Guajajara, líder, cacique da Aldeia Coquinho, no município de Grajaú também foi assassinada com dois tiros na cabeça.

Demora da PM facilitou fuga de bandidos, afirmam testemunhas…

Secretário Aluisio Mendes

Blog do Marco D’Eça
Uma viatura policial que passou minutos depois do assassinato do jornalista Décio Sá foi avisada pelas testemunhas da fuga do matador.

Segundo uma das testemunhas, a viatura “deveria dar a ré e sair em perseguição aos suspeitos, ao invés de ir até o bar Estrela D’Alva fazer o retorno”, contou a testemunha, que foi taxativa:

– Os policiuais demoraram imprimir perseguição aos supostos assassinos, o que certamente facilitou a fuga deles.

A demora pode ter facilitado a fuga, sobretudo por que, segundo outra testemunha, os motoqueiros ainda pararam, próximo às dunas, para que o atirador pudesse subir o morro, em direção a outros dois comparsas.

O tempo deles foi tão suficiente, que deu até para que a testemunha olhasse detalhes da subida, do comportamento, e da vestimenta do assassino.

– O indivíduo subia com dificuldade, pois aparentava estar fora de forma (…) estava escabreado, nervoso, olhava para baixo e para os lados – contou a testemunha.

Ainda segundo a testemunha, “poucos minutos após o comparsa ter deixado o indivíduo sobre as dunas (…) passou uma viatura militar pela avenida, em velocidade acentuada”.

Fica claro que a demora na perseguição foi fundamental para o sucesso da fuga.