Grampo da Gaeco flagra prefeito de Anajatuba preocupado com “investigação”

Em alerta com a denúncia feita sobre os desvios de verbas em Anajatuba, no Fantástico, em novembro de 2014, o prefeito da cidade, Hélder Aragão teve seus telefones grampeados pela justiça dias depois da denúncia. Assim como outros envolvidos no esquema de corrupção – Carlos Braide, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado e pai do deputado estadual Eduardo Braide e o empresário Fabiano Bezerra, apontado como articulador do esquema.

Em uma das escutas obtidas com exclusividade pelo Blog do Neto Ferreira e analisadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao crime Organizado (Gaeco), é possível perceber a preocupação de Helder em relação ao avanço das investigações, durante uma conversa: “[…] O senhor não ‘tá’ achando muito estranho a velocidade dessa investigação, com oitavas de testemunhas, pra… pra depoimentos. Né?!…”.

A pessoa tranquiliza o prefeito afirmando que o procedimento faz parte de uma determinação da procuradoria, que elegeu uma comissão para alavancar diversos processos, inclusive de outros munícipios. Ele ainda afirma que os promotores são do interior e tenta acalmar Helder.

O homem afirma que está acompanhando toda a questão, como tudo está funcionando em relação às investigações, mas que prefere conversar com Helder pessoalmente para explicar algumas questões.

O prefeito já havia sido afastado do cargo no início do mês, mas retornou no último dia 25, por uma decisão judicial do desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho, que concluiu que haver provas suficientes para mantê-lo afastado.

Helder Aragão ainda suspeita, no início da ligação, que seus telefones possam estar sendo grampeados: “[…] Fala nesse telefone estranho aí, pode ser que… não tem ninguém grampeando!…”

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