Jackson culpa governo pelo caos no trânsito em São Luís

Durante sabatina na Rádio Mirante, nesta segunda-feira, 23, o candidato ao governo do estado pela coligação “O Povo é Maior”, Jackson Lago (PDT), afirmou que as dificuldades do prefeito João Castelo (PSDB) com relação as obras estruturantes em São Luís resultam, sobretudo, da falta de recursos. Responsabilizou diretamente por isso a governadora Roseana Sarney (PSDB), que impede na Justiça que Castelo use parte dos recursos do convênio de R$ 150 milhões na melhoria do sistema viário de São Luís.

“Nós fizemos um convênio com a prefeitura de São Luís para que fossem feitos dois viadutos: um em frente à PM no Calhau e outro na Forquilha; o prolongamento da Litorânea e melhoria de dezenas de bairros na cidade. Isso seria uma coisa imediata. Foram depositados R$ 73 milhões que estão bloqueados. O governo do estado não deixa que a prefeitura mova uma palha”, argumentou o candidato.

Jackson Lago reafirmou ser dever ético e obrigação moral concorrer à reeleição, depois de ter o mandato cassado por decisão de quatro ministros do Tribunal Superior Eleitoral, TSE. E, também para concluir muitas obras que estavam sendo feitas, como estradas, escolas, hospitais, e, principalmente, o Projeto Rio Anil. Ele foi o primeiro candidato ao governo sabatinado por repórteres do Sistema Mirante de Comunicação no programa Ponto Final, da Rádio Mirante.

O ex-prefeito de São Luís por três vezes sublinhou a necessidade da construção de um segundo anel viário para dar vazão ao trânsito hoje congestionado em todas as regiões cidade. Esta segunda via expressa somente apareceria com a conclusão do projeto Rio Anil, da maneira como foi concebido originalmente.

O ex-governador contou que em encontro com a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, garantiu apenas 50% dos recursos para o projeto através do PAC, mas que houve atraso nos repasses durante seu governo. Mesmo assim o maior projeto de inclusão social de São Luís, amparando 3.500 famílias que moram em palafitas e outras 10 mil em terra firme à margem esquerda do Rio Anil, não sofreu atraso até o ano passado.

Cassação – Jackson Lago disse ser alvo de uma sórdida campanha difundida pelo sistema de comunicação da família Sarney que tenta passar para a opinião pública, principalmente em São Luís, que seu afastamento do governo se deu por conta de incompetência ou inoperância. “Não tive meios de me defender. Quando sai, minha saúde estava muito abalada. Fui tentar recuperá-la em São Paulo. Houve uma tentativa de me liquidar. No passado isso já ocorreu. Naquele tempo reagi com a militância do partido”, avaliou.

Na sabatina, o candidato reconheceu como maior erro da sua gestão não ter dimensionado o poder do grupo Sarney nas esferas do poder nacional. “Esse talvez tenha sido o maior erro da minha administração. Foi não ter feito avaliação da capacidade, do poder de fogo e das relações que se estabeleceram anos a fio entre o grupo Sarney e as estruturas do poder federal”, desabafou.

Em mais de uma hora e meia respondendo a perguntas, Jackson esclareceu pontos da sua administração como as obras do Ginásio Costa Rodrigues, cujo material foi comprado e pago, e a atual administração impediu que a empresa concluísse o trabalho já pago pelo erário. O mesmo se deu com o Estádio Castelo, que faltava serem colocadas apenas as cadeiras para ser entregue à população maranhense. O pedetista disse não ter dúvida que a população acabará se encontrando com a verdade.

(da assessoria)

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