JN critica Roseana até por lixo não ser mais levado pela maré…

Do Atual7

‘As vítimas de boas intenções continuam sendo vítimas’, diz Trevor Karsdale, em seu ensaio The Pain of Reason, publicado em 2010. Quatro anos depois do lançamento da edição, o dito por Karsdale continua vivo, e pode ser perfeitamente aplicado ao que vem sofrendo a população maranhense, diante da série de reportagens produzidas há dias pelas principais redações do país, num plano que nada tem a ver com o já cansado discurso de ‘libertação do Maranhão’.

Seguindo o amadorismo dos advogados do Estadão e da Folha de São Paulo, nem mesmo os altos padrões Globo de produção e jornalismo – e os profissionais de seu principal programa, o Jornal Nacional – puderem evitar o deslize que pouco a pouco vem consumindo outras mídias do Sul, que na vingança contra os Sarneys no Maranhão e o sonho de tirar PT da presidência da República, vem caindo em sua própria cilada.

Foi exatamente isso que ocorreu na reportagem veiculada na última quarta-feira (15), no JN. Na falta de apresentar novas pautas sobre coisas negativas do Maranhão para o país, o repórter Tiago Eltz criticou o fato de uma obra do Governo do Estado, a Avenida IV Centenário – que levará o progresso para os moradores dos bairros da Liberdade, Camboa, Alemanha e adjacências -, estar servindo como uma espécie de barreira para a maré, que não pode mais ‘limpar a região’ – isto mesmo, levar o lixo para as praias e leito dos rios, como ocorria nas administrações anteriores – desde que a obra começou a ser construída pela gestão da governadora Roseana Sarney (PMDB). Foi a defesa de um verdadeiro crime contra o meio ambiente.

Em tom apelativo, repórter da Globo critica o Governo do Estado, reclamando sobre o fato de lixo jogado por moradores não estar mais sendo levado pela maré. Foto: Reprodução
Em tom apelativo, repórter da Globo critica o Governo do Estado, reclamando sobre o fato de lixo jogado por moradores não estar mais sendo levado pela maré. Foto: Reprodução

Ainda na reportagem criminosa, a Rede Globo tratou de esconder que a responsabilidade pelos palafitas é exclusiva e legalmente da Prefeitura de São Luís, e que, numa parceria do Governo do Estado com o Governo Federal, centenas de famílias que habitavam neste tipo de moradia foram realocadas para as unidades habitacionais do PAC Rio Anil.

Abaixo, o momento em que a reportagem do Jornal Nacional defende que o lixo jogado pelos próprios moradores volte a ser levado pela maré, ‘limpando a região’. Em seguida, a forma como a Prefeitura de São Luís agiu – na época comandada por quem Flávio Dino afirmou ser uma honra ter no mesmo palanque em outubro próximo – para que os necessitados deixassem de morar nas áreas do mangue.

Diferente do ação do Governo do Estado, a Prefeitura de São Luís não indenizou nem realocou os moradores que viviam abaixo da linha da pobreza em palafitas no bairro da Ilhinha. Omissão tanto da gestão anterior, quanto na do petecista Edivaldo Holanda Júnior.

Atenção! As duas gravações e a fala apelativa do repórter Tiago Eltz são extremamente fortes.

1 pensou em “JN critica Roseana até por lixo não ser mais levado pela maré…

  1. RESPONSABILIDADES: Amigos, as áreas de manguezais pertencem a UNIÃO mas já que essas áreas estão dentro do território geográfico do MUNICIPIO, este tem o dever de opinar e interceder politicamente no campo administrativo. Neste sentido, cabe a UNIÃO não ingnorar a intermediação do EXECUTIVO MUNICIPAL. No entanto e em ultimo caso, é que entra o ESTADO como parceiro dentro de um aparato constitucional para o entendimento em questão de acordo com a situação que pode ser um problema a ser solucionado ou pode ser um empreendimento a favor do coletivo como um todo.

    É o caso das palafitas que só existem porque é o PREFEITO quem permite, ele é o chefe do EXECUTIVO é ele quem determina por meio de suas prerrogativas o entendimento seja ele a importância do acontecimento em vista. Claro, o ESTADO também tem sim, sua responsabilidade mas só no caso da omissão de um determinado agente público pelo fato daquele solo seja ele de quem for o proprietário, mas ele está dentro do linha mento territorial estadual lembrando que o ESTADO É FORMADO PELOS MUNICÍPIOS.
    Já neste caso como alem de ser da marinha, a UNIÃO deveria ter impedido e provocado intervenções constitucionais na implementação de investimento social contemplando ESTADO E MUNICIPIO, E PORQUE NÃO ACONTECEU? Faltou conjuntura que envolvesse gestão entre UNIÃO, MUNICIPIO E POR ULTIMO, O ESTADO.

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