Macaco jornalista. É sério

Por Gilberto Dimenstein, colunista da Folha

Comentei aqui sobre como as novas tecnologias levaram o “The New York Times” a transformar sua redação em uma espécie de universidade de conhecimentos gerais. Mais estranho, tecnologicamente, é um computador escrevendo notícias no lugar do jornalista.

É o que estão se propondo cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Eles criaram um programa batizado de Monkey (Macaco). O programa é desenvolvido para trabalhar com estatísticas. A partir delas, o Macaco produz a notícia com o máximo de objetividade possível, captando e analisando os dados disponíveis na internet.

Por enquanto, ele só redige notícias sobre beisebol. Mas já está sendo treinado para escrever sobre negócios. Aterrador?

O fato revelador desse programa é o seguinte: gostemos ou não, tudo o que for repetitivo, sem o toque da criatividade humana, a máquina tende a tomar o lugar.

Daí que um dos principais papéis da educação não é educar para fazer testes, mas para ser criativo.

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