A ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (atualmente sem partido) está em São Luís desde a tarde de quinta-feira para participar de atos de campanha da candidata pelo PPS à prefeitura da capital maranhense, a deputada estadual Eliziane Gama. Depois de uma coletiva à imprensa em um hotel de São Luís, Marina acompanhou uma caminhada pela Rua Grande, principal centro comercial da cidade.

A ministra do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva disse que tem identificação com o projeto da candidata. “Não faço nenhum aliança pragmática. Não exijo nada do candidato que apoio, somente que tenha um programa de governo comprometido com a sustentabilidade”, declarou.

Nas eleições para a Presidência em 2010, a ambientalista foi a segunda colocada em São Luís, com 28% dos votos. Eliziane Gama espera que a popularidade de Marina ajude a elevar seus índices nas pesquisas de intenção de voto. A deputada aparece em quarto lugar – com 6,9% dos votos – em pesquisa divulgada ontem pelo instituto Data M e encomendada pelo portal O Imparcial.

Questionada sobre seus objetivos hoje na política, Marina declarou que quer ajudar a formar um movimento transpartidário com pessoas de vários partidos comprometidas com a sustentabilidade. “Aos 54 anos, quero ser uma mantenedora de utopias. Por isso me alio às pessoas. Existem pessoas boas em todos os partidos e ruins em todos”, afirmou, negando que queira formar uma nova sigla.

Eliziane reafirmou que a aliança não era política, mas embasada em projeto. “Quando fui à Brasília pedir o apoio de Marina, o secretário dela pediu meu plano de governo, e só depois dela ler é que eu pude conversar com ela. Os apoios hoje no Brasil são condicionados às estruturas financeiras, isso é um problema no Brasil. O apoio da Marina não é um apoio condicionado a cargo, não é um apoio condicionado a recursos financeiros”.

A ex-presidenciável também apoia no Maranhão a candidatura de Núbia Dutra (PDT), esposa do deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), em Paço do Lumiar. Marina Silva tem visitado municípios do País declarando apoio a candidatos de vários partidos. Nos três maiores colégios eleitorais do País (São Paulo, Rio de Janeiro eBelo Horizonte), no entanto, a ambientalista preferiu ficar neutra. Ela alegou que não tem rejeição pessoal aos candidatos destes municípios, mas afirmou que percebeu uma nacionalização da disputa nestas capitais.