Presença de Eduardo Campos foi uma intervenção "branca"

“Esse projeto não precisa de velório, já nasceu morto”

A presença do governador do Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, no ato partidário realizado na noite de ontem, que marcou a filiação do ex-deputado tucano Roberto Rocha no PSB, confirmou que o que houve na verdade foi uma intervenção branca da direção nacional, que impôs a entrada de Rocha na legenda.

Não é novidade para ninguém que a maioria do grupo socialista liderado pelo deputado Marcelo Tavares e pelo ex-governador José Reinaldo sempre foram contra a entrada de Rocha nos quadros do PSB.

Apesar de tentar minimizar suas diferenças, Marcelo nunca escondeu sua insatisfação com Roberto Rocha pro ter saído candidato ao Senado em 2010, o que teria atrapalhado as pretensões do tio, Zé Reinaldo de se tornar senador.

Ficou claro também que tudo não passa de uma articulação para ajudar muito mais uma possível candidatura de Flávio Dino em 2014 do que uma candidatura de Rocha em 2012.

Outro ponto que contribuiu com saída de Rocha do ninho tucano foi sua relação com o prefeito João Castelo, estremecida por vários motivos, entre eles a falta de diálogo e espaço.

Sem mandato, a decisão de trocar o PSDB pelo PSB pode ter sido a melhor saída para sobrevivência política de Rocha.

O blog apurou que o evento não convenceu. A platéia que lotou o auditório foi atraída mais pela presença de Eduardo Campos do qeu para prestigiar a filiação de Roberto Rocha.

 “Esse projeto não precisa de velório, já nasceu morto” declarou uma importante liderança política.

  Com a língua solta

A besteira da noite ficou por conta do deputado federal Ribamar Alves. Empolgado, o parlamentar anunciou as candidaturas a prefeito de Luciano Leitoa em Timon, Roberto Rocha em São Luís e dele mesmo em Santa Inês.

Até aí tudo bem.  O vacilo foi afirmar que o governador Eduardo Campos será candidato a presidente em 2014, mesmo depois do governador  negar que seria candidato, durante entrevista coletiva momentos antes do ato de filiação de Roberto Rocha.

Eduardo Campos nega, mas é claro que o partido se movimenta para viabilizar sua candidatura a presidente. O que não pode é o governador falar uma coisa e em seguida ser desmentido.

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