Professores decidem permanecer na Prefeitura e fazem greve de fome

Os professores da rede municipal de ensino de São Luís, em greve desde o dia 22 de maio, iniciaram ontem greve de fome até que as reivindicações da categoria sejam atendidas. Eles permanecem na sede do executivo municipal, no Palácio de La Ravardière, e decidiram pela radicalização do movimento por causa da intransigência do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) que, segundo eles, se nega as negociar com a categoria. Uma nova reunião entre os professores e o Ministério Público (MP) está marcada para amanhã.

Ontem, seria realizado novo encontro, na sede das Promotorias de Justiça da capital, entre as partes envolvidas no conflito para que chegassem a um acordo, porém o titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Geraldo Castro, não compareceu ao encontro.

Indignação – A reunião estava agendada para as 11h, com a presença dos promotores de Justiça Maria Luciane Lisbôa Belo (Educação) e Márcio Thadeu Silva Marques (Infância e Juventude), que mediariam o encontro entre professores e o titular da Semed. Porém, às 15h30, mais de quatro horas depois do horário previsto para o início da reunião, os docentes receberam a informação que Geraldo Castro não estaria presente ao encontro, pois ainda estaria sendo elaborada uma contraproposta para apresentar à categoria. Apenas dois representantes da secretaria foram ao encontro.

A ausência do titular da Semed no encontro, que havia sido agendado por ele mesmo na tarde de domingo, dia 17, revoltou os professores.

Na avaliação da professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público Municipal de São Luís (SindEducação), o não comparecimento de Geraldo Castro à reunião representa a falta de compromisso da gestão municipal com a educação da cidade. “Isso demonstra a inoperância e a falta de respeito do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e do secretário Geraldo Castro. Eles não estão se dispondo a resolver o problema da educação”, disse a líder sindical.

O advogado do sindicato, Antônio Carlos Ferreira, também se revoltou com a ausência do secretário de Educação. “Até agora não houve nenhuma proposta do Município. Isso não é negociação”, afirmou.

Assembleia – Os docentes saíram da sede das promotorias e se dirigiram para o Palácio La Ravardière, sede do executivo, na Praça Pedro II, que está ocupado desde o dia 13. Do lado de fora do prédio, foi realizada uma assembleia da categoria, na qual foi decidido que a paralisação, iniciada no dia 22 de maio, continuaria por tempo indeterminado. Também ficou decido que os professores permaneceriam na sede da Prefeitura e fariam greve de fome até que as suas reivindicações fossem atendidas.

O encontro reuniu aproximadamente 500 professores. Durante a assembleia, a presidente do sindicato exaltou-se ao tratar das insatisfações da categoria com a administração municipal. “Nós temos um prefeito que não tem respeito com a educação municipal e uma administração inoperante. Ninguém vai sair daqui enquanto não houver negociação, pois o prefeito terá de aprender a respeitar a categoria”, disse Elisabeth Castelo Branco, que fez um apelo para que os professores não voltem para as salas de aula enquanto as reivindicações da categoria não tenham sido atendidas.

Além do reajuste de 20% e data-base de acordo com a Lei do Piso, os docentes pedem a implantação imediata dos direitos estatutários, retroativos das progressões (vertical, horizontal, difícil acesso e titulação) e melhoria das estruturas e condições de trabalho, entre outros pontos. O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para saber como estavam as negociações com os professores da rede municipal, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi obtida.

3 pensou em “Professores decidem permanecer na Prefeitura e fazem greve de fome

  1. Se o prefeito deixasse esses vagabundos morrerem de fome, ele seria massacrado, mas bem q eles merecem, pois estão numa greve q é ilegal e estão sem comer pq querem.

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