SP registra em um mês 59 ataques à ônibus e SL sofre 12 em um ano. Intervenção Federal?

Blog do Luis Cardoso 

A violência que vem sendo cometida em outros estados da federação ganhou destaque na imprensa nacional, mas não tanto como as registradas no Maranhão.

Somente nos trinta dias de janeiro, na cidade de Campinas em São Paulo, foram registrados 150 homicídios, entre latrocínios. 59 ônibus já foram atacados por vândalos incendiários, sendo 28 somente nesta semana.

Numa chacina ocorrida também em Campinas, 13 pessoas foram assassinadas numa só noite em diversos bairros da cidade.  Em Brasília, também vem ocorrendo manifestações violentas com ataques à ônibus e assassinatos.

Na quarta-feira (29) representantes nacionais e estaduais da OAB estiveram reunidos em São Luís para tratar sobre a crise no sistema de segurança pública no Maranhão, por conta do último ataque criminoso, onde uma criança de seis anos morreu e mais quatro pessoas ficaram feridas, vítimas de incêndio a um coletivo na Vila Sarney Filho no dia 3 de janeiro. Outro assunto discutido foram as mortes nos presídios.

A comissão propôs ao estado que pague uma indenização vitalícia para esposa, companheiro ou filhos das vítimas dos atentados e dos presos mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas entre o ano de 2013 e janeiro de 2014. Atitude correta se aprovada pelo governo.

O grande problema é a proporção de como foram e como estão sendo avaliadas as práticas criminosas em São Luís e em todo o estado.

A mídia tem dado um destaque bem maior à violência cometida no Maranhão mesmo sabendo que a ‘crise no sistema de segurança’ é um problema nacional, que não deve ser usado de forma alguma como manobra política. Há anos e anos que o sistema carcerário em todo o Brasil vem dando alarmes de emergência. E isso não é mérito do nosso estado.

Diante de tanta evidência, a violência no estado foi vista de perto e narrada por jornalistas de todo o país, que vieram à São Luís para divulgar nos quatro cantos do mundo que a situação por aqui é mais grave que em qualquer outro lugar do mundo. Sensacionalismo? Não. A violência é tamanha mesmo, mas não deve ser vista como um transtorno local.

Em São Paulo e Brasília, por exemplo, as correções devem ser feitas em caráter de urgência, mas em nenhuma das duas localidades foi pedida intervenção federal, nem tão pouco um impeachment de governante.

Homicídios, violência urbana, superlotação e mortes em presídios não ocorrem só aqui no estado do Maranhão.

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